Especialista da Mayo Clinic compartilha 5 dicas de cuidados iniciais para pessoas com COVID longa

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ROCHESTER, Minnesota — Após visitar centenas de pacientes com COVID longa, também conhecida como síndrome pós-COVID, Greg Vanichkachorn, M.D. e seus colegas da Mayo Clinic aprenderam muito sobre os passos iniciais da recuperação. Isso inclui o entendimento de que há passos que as pessoas podem dar por conta própria para começarem a se recuperar. Estas são cinco dicas do Dr. Vanichkachorn sobre como começar a vencer a síndrome pós-COVID:

1. Dar a si mesmo um tempo para se recuperar

“Um aspecto que vemos repetidamente é que os pacientes se cobram muito durante a recuperação. Isso faz sentido. Todos estão muito ansiosos para “voltar à vida normal” após a infecção e o isolamento”, diz o Dr. Vanichkachorn, diretor do Programa de Reabilitação de Atividades da COVID da Mayo Clinic e médico daDivisão de Saúde Pública, Doenças Infecciosas e Medicina Ocupacional da Mayo.

Pacientes que tentam retomar o estilo de vida normal muito rapidamente experimentam um aumento súbito de cansaço, falta de ar e dores musculares que podem durar horas ou dias, diz o Dr. Vanichkachorn. Isso os força a repousar e pode iniciar um ciclo de tentativas de retomada da vida normal e recaídas que pode deixá-los desanimados e sem condicionamento, ele diz.

“Então, a ordem do médico é: dê a si mesmo tempo para se recuperar”, diz o Dr. Vanichkachorn. “A maneira mais rápida de se recuperar é fazer tudo devagar e com calma no começo e depois tentar aumentar gradualmente as atividades.”

As tarefas diárias regulares contam como parte da reabilitação. Por exemplo, se você pode lavar uma quantidade de roupas por dia sem piorar os seus sintomas, espere até a semana seguinte para tentar dobrar essa quantidade, diz o Dr. Vanichkachorn. O mesmo vale para as atividades intelectuais. Fazer um pausa não significa que é o momento de escrever aquele livro que você vem planejando, ele diz.

2. Hidratar-se e comer alimentos saudáveis

“Durante a infecção aguda, muitos pacientes não sentem muita fome. Isso pode piorar se houver problemas com paladar e olfato”, diz o Dr. Vanichkachorn. “Alguns pacientes se acostumam a isso e esquecem da importância de uma boa nutrição.”

É importante ingerir uma boa quantidade de água: 2,7 a 3,7 litros por dia, ele diz.

Para a COVID longa, médicos e pesquisadores não encontraram uma dieta ideal, mas parece que dietas extremas pioram a situação, diz o Dr. Vanichkachorn, que recomenda uma dieta mediterrânea balanceada e evitar alimentos processados e gordurosos.

3. Foco em atividades de resistência 

Quando pacientes se exercitam após a COVID-19, normalmente eles tentam fazer atividades que aumentam a frequência cardíaca, como caminhada e ciclismo, diz o Dr. Vanichkachorn.

“Entretanto, descobrimos que o exercício cardiovascular é o tipo mais difícil de atividade para pacientes com síndrome pós-COVID. Em vez disso, inicie com atividades de resistência, como trabalhar com uma faixa elástica, pesos livres e leves, yoga ou Pilates”, ele diz. “Depois que isso estiver bem, você pode adicionar um pouco de treino cardiovascular leve.”

4. Otimizar o sono

Muitos pacientes com COVID longa tiram cochilos, atrapalhando os horários do sono. É importante ter o melhor sono possível e isso começa garantindo que o local do sono seja ideal, diz o Dr. Vanichkachorn.

As dicas para dormir melhor incluem garantir que o quarto tenha uma boa circulação de ar e esteja um pouco mais frio do que durante o dia, minimizar distrações eletrônicas como usar o celular na cama, o que pode manter seu cérebro estimulado o suficiente para manter você acordado, não consumir cafeína após o almoço e evitar se exercitar duas horas antes de dormir. O que também ajuda a ter uma rotina diurna normal é acordar em um horário determinado, fazer refeições regulares e ter uma rotina ao se deitar para dormir, diz o Dr. Vanichkachorn.

5. Reabilitação olfativa

“Cerca de um terço dos pacientes têm problemas duradouros com paladar e olfato após a infecção aguda de COVID. Por sorte, a maioria dos pacientes melhorará dentro de 6 meses e ainda mais em 12 meses”, diz o Dr. Vanichkachorn. “Mas, se você quiser acelerar isso um pouco, eu recomendo uma reabilitação olfativa.”

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Sharon Theimer, Relações Institucionais da Mayo Clinic, newsbureau@mayo.edu