Biobanco vivo de tecido mamário da Mayo Clinic desempenha papel importante em inovações de pesquisas 

Criopreservação de organoides de tecido mamário no Living Breast Biobank da Mayo Clinic

ROCHESTER, Minnesota — O biobanco vivo de tecido mamário da Mayo Clinic está ajudando pesquisadores a identificar as formas pelas quais as portadoras de determinados genes podem ter maior risco de câncer de mama. 

Por exemplo, em um estudo recente, o biobanco mostrou a importância em entender a influência que o gene BRCA1 pode ter no aumento do risco de câncer de mama em mulheres portadoras de tal gene. A equipe da pesquisa usou amostras do biobanco para validar a descoberta, diz o Dr. Nagarajan Kannan, Ph.D., diretor do Laboratório de Biologia de Câncer e Células Tronco da Mayo Clinic. 

Entender como o Biobanco Vivo de Tecido Mamário apoiou esse estudo significa entender a abrangência do seu propósito e o que o torna único. 

“Em 2016, com o apoio de muitos colegas médicos e pesquisadores, eu fundei o biobanco para coletar tecidos de mulheres com uma mutação germinativa específica e que se submeteram a cirurgia de mama na Mayo Clinic Rochester”, diz o Dr. Kannan. 

O biobanco agora coleta amostras em todos as instalações da Mayo Clinic e inclui qualquer gene associado ao aumento do risco de câncer de mama, ele acrescenta.  

Na Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, as amostras também incluem tecido mamário de cirurgias estéticas, incluindo tecido vivo mamário masculino.  

“O acesso ao tecido vivo mamário masculino para estudar a origem do câncer de mama masculino tem sido um grande desafio, e nós resolvemos isso”, diz o Dr. Kannan. “Um em cada 100 casos de câncer de mama ocorre em homens, mas a glândula mamária masculina e o câncer de mama masculino ainda são pouco estudados. Nós queremos mudar isso usando o recurso único que desenvolvemos.” 

As amostras de tecido mamário para o biobanco são coletadas no dia da cirurgia. Em seguida, elas são levadas para uma unidade central de processamento no laboratório do Dr. Kannan.  

“O processo é bastante trabalhoso”, diz ele. “Cada amostra é coletada e processada prontamente, e leva mais de um dia e meio para gerar o que chamamos de ‘organoides de tecidos ricos em células-tronco epiteliais’. Essas são unidades de tecido que ainda possuem células-tronco autorrenováveis. Elas são criopreservadas e adicionadas ao banco. Há a possibilidade de danificar amostras durante as etapas de processamento devido a pequenos erros. Por isso, houve uma grande otimização da metodologia para simplificar esse processo.” 

Muitos bolsistas de pesquisa, estagiários e tecnólogos contribuíram coletivamente com mais de 10.000 horas para coletar, processar e armazenar essas amostras ricas em células-tronco. 

A especialidade de isolar o crescimento em células-tronco intactas é o motivo pelo qual o Dr. Kannan quis a palavra “vivo” no nome do biobanco. Mesmo os tecidos armazenados coletados em autópsias alguns dias após a morte geram células-tronco vivas. A morte da pessoas não extingue as células-tronco e células progenitoras do tecido mamário, e essas células são um recurso vital para a pesquisa. 

Devido ao seu foco, o Biobanco Vivo de Tecido Mamário preenche uma lacuna específica de pesquisa.  

“Estamos focados no tecido que não se tornou um tumor, porque queremos entender as vulnerabilidades celulares que aumentam o risco do câncer de mama”, diz o Dr. Kannan. “Nosso foco é entender os estágios iniciais do desenvolvimento do câncer de mama que normalmente não são apresentados na clínica”. 

Atualmente, o biobanco conta com cerca de 500 amostras de pacientes. Cada amostra inclui uma pesquisa com cerca de 150 perguntas feitas aos participantes. A pesquisa fornece informações sobre outros fatores que podem contribuir para o risco elevado de câncer, como dieta, estilo de vida, genética e histórico familiar e médico. 

Para obter mais informações, visite o site da Mayo Clinic Laboratories

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