Pesquisadores da Mayo descobrem que vacina pode reduzir a gravidade dos sintomas da COVID de longa duração
ROCHESTER, Minnesota — Tomar a vacina contra COVID-19 pode não só reduzir os riscos de uma pessoa contrair COVID de longa duração, mas também pode significar a redução dos sintomas para a pessoa que desenvolver a doença.
Pesquisadores da Mayo Clinic descobriram que os pacientes com COVID de longa duração vacinados antes de contrair o vírus são menos propensos a ter sintomas como dor abdominal, dor no peito, tontura e falta de ar, de acordo com um estudo publicado na revista médica Journal of Investigative Medicine. Acredita-se que o estudo é um dos primeiros a examinar o potencial das vacinas contra COVID-19 para reduzir os sintomas da COVID de longa duração.
"Os resultados foram muito surpreendentes", explica o Dr. Greg Vanichkachorn, diretor do Programa de Reabilitação de Atividades da COVID da Mayo Clinic e autor principal do estudo. "O estudo demonstra que as vacinas podem ser muito importantes para a COVID de longa duração e podem ajudar a reduzir a gravidade dessa condição."
Desde 2020, mais de 768 milhões de casos de COVID-19 foram confirmados ao redor do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os infectados, há uma estimativa de que 20 porcento das pessoas com menos de 65 anos e 25 porcento das pessoas com mais de 65 anos desenvolverão a síndrome pós-COVID-19, também conhecida como COVID-19 de longa duração. Os sintomas podem incluir fadiga, falta de ar, dificuldade de concentração, dor no peito e dor abdominal.
O estudo incluiu 477 pacientes que procuraram tratamento para COVID de longa duração na Mayo Clinic entre 27 de maio de 2021 e 26 julho de 2022. Pouco mais da metade dos pacientes tinham recebido vacinas contra COVID-19, da Pfizer, Moderna ou Johnson & Johnson, antes de contrair o vírus.
O estudo descobriu que os pacientes vacinados tinham a metade da probabilidade de ter dor abdominal em comparação com os pacientes não vacinados. Os pacientes vacinados também tinham menos probabilidade de ter outros sintomas, incluindo perda de olfato, dor no peito, tontura, dormência, falta de ar, tremores e fraqueza. Não houve diferença significativa entre os pacientes vacinados e não vacinados em relação a fadiga, dor muscular, taquicardia ou arritmia cardíaca.
O Dr. Vanichkachorn explica que mais pesquisas ajudarão os cientistas a entenderem como a vacina contra COVID-19 afeta os sintomas da COVID de longa duração, especialmente com as novas variantes do vírus.
"Faz três anos desde que iniciamos o primeiro trabalho com os pacientes que tiveram COVID de longa duração", explica o Dr. Vanichkachorn. "Precisamos de mais pesquisas para entender o que está acontecendo em nível celular para causar esses sintomas. Se entendermos isso melhor, esperamos que possam surgir novos tratamentos para a COVID de longa duração."
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