Por que os adultos da comunidade LGBTQ+ devem estar atentos à saúde cardíaca
ROCHESTER, Minnesota — Estudos recentes revelam uma tendência preocupante na saúde cardiovascular dos adultos da comunidade LGBTQ+. Eles apresentam uma pior saúde cardíaca em comparação com os adultos heterossexuais cisgênero. As pessoas da comunidade LGBTQ+ também têm uma maior prevalência de fatores de risco de doença cardiovascular.
A Dra. Rekha Mankad, cardiologista na Mayo Clinic, explica o que pode colocar os adultos da comunidade LGBTQ+ em maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e o que pode ser feito para reduzir esse risco.
“A comunidade LGBTQI é um grupo de pessoas marginalizadas”, explica a Dra. Mankad. “Um dos primeiros problemas é que eles não realizam exames de saúde com frequência.”
Quando falamos em prevenção de doenças cardiovasculares, é muito importante saber quais são os fatores de risco.
Os fatores de risco comuns para doenças cardíacas incluem:
- Pressão arterial elevada
- Colesterol elevado
- Tabagismo
- Diabetes
- Sedentarismo
- Obesidade
“Essas são coisas sobre as quais conversamos com todas as pessoas, mas você deve consultar um profissional de saúde para falar sobre esses fatores de risco”, explica a Dra. Mankand.
Cerca da metade da população LGBTQ+ diz ter sofrido discriminação no ambiente de cuidados de saúde, e isso faz com que não se sintam à vontade para consultar um profissional de saúde em comparação com as pessoas heterossexuais cisgênero.
“Se uma pessoa se sente ansiosa por ir ao médico, ela não falará de fato sobre as coisas que representam risco para a saúde cardíaca”, ela explica.
A Dra. Mankad afirma que os causadores adicionais de estresse exclusivos para os grupos marginalizados podem ser um fator.
“Existem estresses interpessoais, como o autoestigma e questões relacionadas com guardar segredo. Além disso, existe o preconceito que sofreram e, possivelmente, a violência”, ela explica.
O estresse pode levar a outros problemas
“Se uma pessoa teve aumento de estresse, ela provavelmente estará ansiosa ou deprimida”, explica a Dra. Mankand. “Além disso, será menos provável que ela saia e pratique exercícios físicos, porque se sente desconfortável em um vestiário. Esses são alguns dos muitos fatores que podem levar a uma maior probabilidade de desenvolver os fatores de risco que falamos há pouco e aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas.”
Considerando essas preocupações, é fundamental para as pessoas dentro da comunidade LGBTQ+ serem proativas em relação a sua saúde cardíaca.
“Eu diria às pessoas da comunidade para não hesitarem em consultar um profissional de saúde e falar com eles honestamente”, explica a Dra. Mankand. “Fale com o profissional de saúde sobre as suas preocupações de saúde como um todo, especificamente sobre a saúde cardiovascular, e elaborem um plano do que pode ser feito para proteger o coração a longo prazo.”
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