Anemia falciforme explicada

Mãe com bebê.

ROCHESTER, Minnesota — Aproximadamente 250 milhões de pessoas ao redor do mundo são portadoras do gene da anemia falciforme. A doença afeta pessoas oriundas da África, das regiões de língua espanhola no Hemisfério Ocidental, Arábia Saudita, Índia e dos países mediterrânicos. Nos EUA, a anemia falciforme é mais comum na comunidade afro-americana. 

A Dra. Asmaa Ferdjallah, hematologista pediátrica, oncologista e médica de transplante de medula óssea em Rochester, Minnesota, é diretora médica do Programa Abrangente de Células Falciformes Pediátricas do Centro Pediátrico da Mayo Clinic. Ela afirma que a alteração dos glóbulos vermelhos é uma condição vitalícia com desafios únicos.

"A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária. Ela é causada por uma mutação no gene que codifica a hemoglobina", explica a Dra. Ferdjallah. 

Para que um bebê nasça com a doença, ambos os pais devem ser portadores do gene falciforme.

Os glóbulos vermelhos, que são normalmente flexíveis, se transformam em formas de meia-lua rígidas — em células falciformes — que ficam presas nos vasos sanguíneos. Isso pode causar problemas mais tarde.

"Felizmente, nos Estados Unidos, todo bebê, como parte do teste do pezinho, tem a anemia falciforme detectada", diz a Dra. Ferdjallah.

Os bebês podem não apresentar sintomas até os 5 ou 6 meses, com dor ou inchaço nas pontas dos dedos. Em uma fase posterior na vida, a Dra. Ferdjallah explica que os pacientes experimentam "dor nas extremidades, nas costas. Tudo isso é causado porque as células falciformes estão presas nos vasos sanguíneos."

Juntamente com a dor, os riscos de danos cardíacos e renais e acidente vascular cerebral (AVC) aumentam.

"Alguns de nossos pacientes realmente tiveram AVC, ou o que chamamos de derrames silenciosos, das células falciformes que ficaram presas e criaram um bloqueio nos vasos cerebrais", diz a Dra. Ferdjallah. 

É por isso que é importante trabalhar com os pacientes desde cedo e regularmente.

"Quanto mais cedo você iniciar a terapia curativa, melhor", afirma a Dra. Ferdjallah.

A Dra. Ferdjallah está disponível para entrevistas em inglês e árabe.

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