Nova pesquisa descobre uma nova combinação de terapia para pessoas com um tipo de leucemia, permitindo que elas vivam mais
ROCHESTER, Minnesota — Em um novo estudo multicêntrico internacional liderado pelo Centro Oncológico Integral da Mayo Clinic, pesquisadores descobriram que pessoas com o subtipo de leucemia linfoblástica aguda de precursor de células B (LLA-BCP), que também não apresentavam uma anomalia genética conhecida como cromossomo Filadélfia e que estavam em remissão e sem vestígios de câncer, mostraram taxas de sobrevivência significativamente mais elevadas quando o blinatumomab foi adicionado ao tratamento quimioterápico. Os resultados do estudo randomizado estão publicados no New England Journal of Medicine deste mês.
"Estes resultados são encorajadores e estabelecem um novo padrão de tratamento para as pessoas com LLA-BCP", diz o Dr. Mark Litzow, principal autor do estudo e hematologista do Centro Oncológico Integral da Mayo Clinic."A adição de blinatumomab à quimioterapia reduziu o risco de recorrência e morte da leucemia em quase 60%."
O blinatumomab é um tipo de imunoterapia administrada via intravenosa e aproxima uma célula imunitária normal, chamada de célula T, de uma célula leucêmica com o objetivo de destruí-la. A Food and Drug Administration aprovou o blinatumomab para pacientes em remissão com vestígios de câncer, também conhecido como doença residual mensurável (DRM)- positiva. Neste estudo, o blinatumomab foi adicionado para saber se era possível diminuir o risco de a LLA voltar e reincidir em uma pessoa que não tinha câncer detectado, também conhecida como DRM-negativa, após a quimioterapia inicial.
O estudo incluiu 488 participantes com idades entre os 30 e 70 anos com LLA-BCP, dos quais 224 estavam em remissão e eram DRM-negativos após o tratamento inicial com quimioterapia. Os 224 participantes foram igualmente randomizados em dois braços; o primeiro braço receberia blinatumomabe com quimioterapia e o segundo braço receberia apenas o tratamento padrão de quimioterapia.
Os resultados mostraram que 85% dos participantes tratados com blinatumomab e quimioterapia estavam vivos há três anos, em comparação com 68% dos que receberam apenas quimioterapia, ou seja, o tratamento padrão.
"Planejamos desenvolver este estudo para reduzir a quantidade de quimioterapia que as pessoas precisam receber, levando-as a apresentar menos efeitos colaterais por conta do tratamento e melhorando as taxas de sobrevivência geral", afirma o Dr. Litzow.
Este estudo foi conduzido pelo ECOG-ACRIN Cancer Research Group e financiado em parte pelo Instituto Nacional do Câncer dos Institutos Nacionais da Saúde. Veja o artigo completo para a lista completa de financiamento e autores.
O Dr. Litzow recebeu financiamento para a pesquisa da Amgen e atuou como palestrante para a Amgen em relação a este estudo.
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