Procedimento duplo combina transplante de fígado e cirurgia bariátrica

O Dia Mundial do Fígado é 19 de abril

ROCHESTER, Minnesota — Cirurgiões da Mayo Clinic descobriram que uma abordagem inovadora pode ajudar pacientes com obesidade a receber cuidados vitais. A obesidade pode ser uma barreira para o transplante de fígado. A Dra. Julie Heimbach, diretora do Centro de Transplantes da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, afirma que a combinação da cirurgia de manga gástrica, um tipo de cirurgia bariátrica, com o transplante de fígado, é eficaz para lidar com ambos os problemas de saúde.

Este procedimento duplo é especialmente útil para pacientes com a doença hepática esteatótica metabólica (DHEM), anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcóolica. A DHEM ocorre quando a gordura se acumula no fígado, geralmente sem sintomas. Ela é principalmente causada pela obesidade — definida com um índice de massa corporal (IMC) de 30, ou mais. Em estágios avançados, a DHEM pode causar danos graves ao fígado, podendo ser necessário a realização de um transplante de fígado.

"A doença hepática esteatótica metabólica é a doença hepática mais comum, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo todo", diz a Dra. Heimbach.

À medida que as taxas de obesidade crescem, também aumenta a necessidade de tratar pacientes com a DHEM.

"Quando temos gordura em excesso que se acumula no fígado, isso pode nos levar à inflamação, cicatrização e, até mesmo, a doenças hepáticas avançadas", ela afirma.

Isso não causará complicações para todos, mas, para alguns, ela pode evoluir para cirrose, uma cicatrização severa do fígado.

"Quando um paciente desenvolve cirrose, ele pode precisar de um transplante de fígado", explica a Dra. Heimbach.

E ter peso extra pode ser uma razão pela qual os pacientes podem não ser elegíveis para o transplante. Na Mayo Clinic, a abordagem é ajudar pacientes com obesidade e também com o transplante.

"Consideramos tanto o transplante de fígado quanto o que chamamos de gastrectomia vertical, um tipo de operação de perda de peso que pode ser utilizada como uma ferramenta para ajudar os pacientes a conseguirem administrar não apenas a sua doença hepática com um transplante de fígado, mas também a sua obesidade com a gastrectomia vertical", explica a Dra. Heimbach.

Os procedimentos são realizados simultaneamente, com múltiplas equipes trabalhando juntas. A Dra. Heimbach diz que o objetivo é fornecer aos pacientes os cuidados que eles precisam.

"Estou animada com o que o transplante oferece a todos os nossos pacientes, que é a possibilidade de eles retomarem a vida que tinham antes de adoecerem. E para os pacientes que estavam carregando peso extra, não só estão saudáveis novamente, como atualmente são capazes de aproveitar e participar plenamente de suas vidas", conta.

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