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Médicos da Mayo Clinic Afirmam que Endoscopia de alta definição avaliam pólipos com precisão e que exames patológicos caros podem não ser necessários
JACKSONVILLE, Flórida, 18 de dezembro de 2014 — Pode não ser necessário o exame patológico de pólipos removidos do cólon de um paciente, segundo um amplo estudo conduzido por médicos pesquisadores da Mayo Clinic de Jacksonville, Flórida.
O estudo com 522 pacientes, publicado na edição de dezembro do Gastrointestinal Endoscopy, revelou que os gastroenterologistas experientes podem avaliar corretamente se um pólipo é pré-canceroso ou benigno, usando lentes ópticas de alta definição durante a colonoscopia. No estudo, as análises foram de 96% a 97% precisas — dependendo de qual das duas gerações de colonoscópios foi utilizada — em comparação com uma avaliação patológica dos pólipos.
Os pesquisadores da Mayo Clinic concluíram que o exame patológico dos pólipos, como requer a prática médica atual, pode não ser necessário — um avanço que, afirmam, pode resultar em uma economia significativa de custos para o paciente e para todo o sistema de saúde, além de fornecer informações e recomendações mais rápidas para o tratamento do paciente.
“A colonoscopia é um procedimento razoavelmente caro e uma grande parte dos custos está na análise patológica dos pólipos que são removidos do paciente, para verificar se são pré-cancerosos ou benignos — um exame que determina quando um paciente precisa de outra colonoscopia”, diz o principal pesquisador do estudo, o gastrenterologista Michael Wallace.
“Descobrimos que os gastrenterologistas que usam colonoscópios ópticos de alta definição podem fazer diagnósticos e tratamentos excelentes dos pólipos, sem o recurso adicional do exame patológico”, diz o pesquisador.
A equipe de pesquisadores examinou o uso do colonoscópio Exera II 180 e do colonoscópio Exera III 190, para avaliar 927 pólipos. Ambos são colonoscópios de alta definição e a geração mais antiga (180) ainda é amplamente usada.
Um diagnóstico óptico, às vezes chamado de “biópsia virtual”, foi suficiente, para médicos experientes determinar que pólipos benignos (hiperplásicos) eram, de fato, benignos e que os pólipos potencialmente pré-cancerosos (adenomas) eram os que tinham risco de desenvolvimento de câncer.
Os pesquisadores também descobriram que os médicos participantes do estudo conseguiram uma taxa de detecção de adenomas extremamente alta, usando os colonoscópios: 50% para o modelo 180 e 52% para o modelo 190. “Uma alta taxa de detecção de adenomas é considerada uma boa medida de uma colonoscopia de qualidade. Estudos têm mostrado que uma taxa de 33% — significando que adenomas são encontrados em 33 de 100 pessoas que se submetem a colonoscopia — é excelente”, diz Wallace. “As atuais referências nacionais recomendam uma taxa de detecção de adenoma de pelo menos 20%. Nós encontramos muito mais adenomas”, afirma.
“Quanto mais pólipos adenomas são detectados, menor é o risco de se contrair câncer do cólon. Dessa forma, o estudo mostra que é possível usar um colonoscópio óptico para realizar uma colonoscopia altamente precisa, podendo-se ignorar o laboratório de patologia, o que reduz os custos”, ele diz. “Outra vantagem é a de que nós podemos dizer ao paciente, imediatamente depois do procedimento, o que encontramos e quando o próximo exame precisa ser feito, em oposição a esperar um ou dois dias para receber o resultado do exame de patologia”, explica.
O estudo da Mayo Clinic está sendo usado, agora, pela Sociedade Americana de Endoscopia Gastrintestinal, para revisar as atuais diretrizes da colonoscopia destinada a avaliar se ou quando um exame patológico dos pólipos é necessário, ele diz.
O estudo foi financiado pela Olympus Corporation of America, fabricante dos endoscópios.
Para mais informações sobre tratamento do câncer e exames gastrintestinais na Mayo Clinic de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie e-mail para intl.mcj@mayo.edu. Para mais informações em português, visite mayoclinic.org/portuguese.
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