
JACKSONVILLE, Flórida — Pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, informam que identificaram as primeiras fases no desenvolvimento do câncer de pâncreas. A descoberta sugere estratégias preventivas a serem exploradas.
Na edição online do Cancer Discovery, os cientistas descreveram os passos moleculares necessários para que as células acinares do pâncreas – as células que secretam enzimas digestivos – se tornem lesões pré-cancerosas. Algumas dessas lesões podem, então, se transformar em câncer.
“O câncer de pâncreas se desenvolve dessas lesões, de forma que, se entendermos como essas lesões acontecem, seremos capazes de interromper o desenvolvimento do câncer totalmente”, diz o principal pesquisador do estudo, Peter Storz, especializado em biologia do câncer.
A necessidade por novas estratégias de tratamento e prevenção é premente, diz Peter Storz. O câncer de pâncreas é um dos tipos de câncer humano mais agressivos – os sintomas não aparecem até que o câncer já esteja bem avançado. A taxa de sobrevivência, após o diagnóstico, é de apenas 20%. É a quarta maior causa de morte por câncer no país.
Os cientistas estudaram as células do pâncreas com mutações no gene Kras. O Kras produz uma proteína que regula a divisão celular e esse gene sofre mutações, frequentemente, em muitos casos de câncer. Mais de 95% dos pacientes de câncer de pâncreas tiveram mutações no gene Kras.
Os pesquisadores detalharam as fases que levam as células acinares com mutações do Kras a se transformar em células do tipo ducto com propriedades do tipo célula-tronco. Células-tronco, que podem se dividir à vontade, são frequentemente implicadas em câncer.
Os pesquisadores descobriram que as proteínas do Kras nas células acinares induzem a expressão de uma molécula, a ICAM-1, que atrai macrófagos, um tipo específico de células imunológicas. Esses macrófagos inflamatórios secretam uma variedade de proteínas, incluindo algumas que desarticulam a estrutura das células, permitindo às células acinares se transformar em tipos diferentes de células. Essas fases produziram as lesões pancreáticas pré-cancerosas.
“Mostramos um vínculo direto entre as mutações do Kras e o ambiente inflamatório que impele a iniciação do câncer de pâncreas”, diz Peter Storz.
Mas o processo pode ser interrompido no laboratório, em camundongos, ele acrescenta. “Poderíamos fazer isso de duas formas: exaurindo os macrófagos ou tratando as células transformadas com um anticorpo bloqueador que paralisa a ICAM-1”, diz o pesquisador da Mayo.
“Qualquer dos procedimentos reduziu o número de lesões pré-cancerosas”.
Peter Storz observou que um anticorpo neutralizador, que bloqueia a ICAM-1, já foi desenvolvido. Ele está em testes para uma ampla variedade de distúrbios, incluindo acidente vascular cerebral (AVC) e artrite reumatoide.
“Entender a linha cruzada entre as células acinares com mutações do Kras e o microambiente dessas células é essencial para desenvolver estratégias de terapia dirigida para prevenir e tratar esse tipo de câncer”, ele diz.
Os coautores do estudo incluem pesquisadores da Clínica Mayo de Rochester, Minnesota, e da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
A pesquisa foi financiada por verbas dos Institutos Nacionais de Saúde CA135102, CA140182 e 50CA102701 (SPORE em Câncer do Pâncreas da Clínica Mayo).
Para mais informações sobre tratamento do câncer de pâncreas e outros tipos de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie e-mail para intl.mcj@mayo.edu. Para mais informações em português, visite mayoclinic.org/portuguese.
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