Dicas para que o estresse não prejudique seu coração

MANKATO, Minnesota — Todo mundo reage ao estresse de forma diferente, e a maneira de reagir pode ter um impacto nas chances de desenvolver sérios problemas de saúde, inclusive problemas cardíacos.

A resposta do corpo ao estresse pode incluir dores musculares e dores de cabeça, tensão nas costas, dores estomacais e outros sintomas físicos. O estresse também pode provocar cansaço, afetar os padrões normais de sono, causar irritabilidade, esquecimento e deixar a pessoa fora de controle. Quando o estresse é constante, o corpo permanece em um ritmo mais acelerado por dias ou semanas, o que pode levar a problemas de saúde mais significativos.

Períodos de estresse excessivo e persistente podem resultar em efeitos diretos na saúde, como pressão arterial elevada e níveis de colesterol mais altos. Os impactos indiretos, como o aumento de comportamentos e hábitos que pioram a saúde física e o bom funcionamento, incluem fumar, comer demais ou praticar menos atividade física.

Gerenciar os níveis de estresse sempre é uma boa ideia quando a sua saúde como um todo está em jogo. Há estudos em andamento que analisam mais detalhadamente como o gerenciamento do estresse reduz o risco de doenças cardíacas, considerando os efeitos diretos do estresse sobre a saúde. Os pacientes que sofreram um ataque cardíaco ou um AVC se sentem deprimidos, ansiosos ou sobrecarregados pelo estresse devem entrar em contato a equipe médica para buscar ajuda.

Há muitas maneiras de reduzir o estresse. Entender o que provoca e identificar os sintomas pode ser o início do processo de gerenciamento de estresse. Então, será possível reconhecer e modificar os gatilhos do aumento dos níveis de estresse. A primeira etapa para alterar a resposta ao estresse é identificar o que provoca estresse e perguntar para si mesmo: “o que posso parar de fazer e quais comportamentos posso abandonar?”

Depois de abandonar ou modificar fatores de estresse externos, é hora de articular habilidades e técnicas específicas de gerenciamento. Muitas coisas podem ser feitas para gerenciar o estresse e articular recursos. Como psicóloga, costumo sugerir para as pessoas adotarem para si elementos destas categorias: física, emocional, mental e espiritual.

Algumas ideias a serem adotadas incluem:

  • Explore seus pontos fortes.
    Reflita: “Sinto que tenho mais energia, estou realizado e cheio de vida quando estou fazendo…”
  • Participe de atividades sociais.
    Converse com um colega, um ente querido ou coloque o assunto em dia com um velho amigo virtualmente.
  • Doe o seu tempo e atenção para outras pessoas.
    Experimente o voluntariado ou faça uma ação benevolente.
  • Comece a fazer algo novo.
    Seja criativo e comece dedicando cinco minutos para começar.
  • Comece a escrever em um diário.
    Reflita sobre a sua rotina diária.

Há muitas coisas que podem ser feitas para aliviar o estresse na vida, por exemplo:

  • Praticar exercícios físicos regularmente.
  • Desafiar os pensamentos negativos e catastróficos.
  • Evitar o tabagismo e a cafeína.
  • Ingerir alimentos com alto valor nutricional.
  • Manter um peso saudável.

Em algumas situações, a medicina pode ser útil. Porém, quando falamos em estresse, geralmente os medicamentos são usados como um último recurso. Em vez de usá-los, procure gerenciar o estresse usando relaxamento ou outras técnicas conhecidas de redução de estresse. Além disso, tenha a certeza de não confundir estresse com um transtorno de ansiedade, que é uma condição distinta que deve ser discutida com a equipe médica.

Acredite, há um tipo de estresse que pode ser bom para você. O estresse “positivo” que pode surgir a partir de casamentos, de um trabalho que amamos ou dos filhos. Muitas coisas que amamos também podem representar alguns dos desafios mais significativos.

Todo mundo precisa de um pouco de estresse para ter motivação para lidar com os desafios diários e, assim, conseguir viver plenamente tudo que enfrentamos na vida cotidiana. O estresse gerenciado pode aumentar o foco, a concentração e motivá-lo a estabelecer vínculos com outras pessoas, além de proporcionar um senso de controle que promove uma saúde melhor.

Lisa Hardesty, Ph.D., é psicóloga clínica na área de Psiquiatria e Psicologia no Sistema de Saúde da Mayo Clinic.

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