Especialista da Mayo Clinic Healthcare oferece estratégias para identificar e neutralizar uma barreira comum em direção ao sucesso

LONDRES — Há um culpado habitual por trás das muitas resoluções de Ano-Novo não cumpridas e outros objetivos não alcançados que pode influenciar seus pensamentos e ações sem sua consciência, afirma a Dra. Safia Debar, Bacharela em Medicina e Cirurgia, médica de clínica geral e especialista em resiliência na Mayo Clinic Healthcare em Londres. Se você está tendo dificuldade em cumprir as metas para se exercitar mais, comer refeições nutritivas e dar um passo em direção a um estilo de vida mais saudável, pode ser interessante considerar se uma crença autolimitante é a culpada, explica a Dra. Debar.

Neste alerta do especialista, a Dra. Debar oferece estratégias para identificar e neutralizar esta barreira em direção ao sucesso.

Uma crença autolimitante é um pensamento ou crença que você enxerga como uma verdade sobre si mesmo ou sobre o mundo ao seu redor e que o restringe de todo o seu potencial, explica.

"É basicamente uma verdade que você acredita sobre si mesmo e que não está te ajudando", afirma a Dra. Debar "Algumas crenças autolimitantes podem ser, por exemplo, de que você não pode perder peso, de que você tem uma queda por doces. Bem, na verdade ninguém tem uma queda por doces. Outras crenças autolimitantes podem ser de que você é preguiçoso, que não consegue se exercitar, que odeia academia. Bem, você pode deixar a academia de lado para se exercitar."

O primeiro passo para eliminar uma crença autolimitante é se tornar consciente dela, diz a Dra. Debar. Isso pode exigir reflexão, já que as crenças autolimitantes tendem a estar presentes sem o seu conhecimento consciente, e sua mente é incrivelmente boa em procurar, e às vezes até mesmo em criar, evidências para confirmá-las, acrescenta.

"Por exemplo, se uma pessoa sente que quer comer de forma mais saudável ou incorporar mais movimento ao seu dia, mas, por trás disso tudo, sente que não é boa o suficiente ou que não merece cuidar de si mesma ou priorizar a sua saúde, e que as necessidades dos outros são mais importantes, então essa pessoa irá sabotar as mudanças positivas de estilo de vida que poderiam beneficiá-la", explica a Dra. Debar. "Ela sabotará esses comportamentos porque faz sentido: 'Por que eu comeria bem se eu não mereço? Por que eu estabeleceria um limite ou me colocaria em primeiro lugar se eu não mereço?"

As crenças subjacentes podem influenciar fortemente as mudanças comportamentais que você deseja fazer. O ideal é saber quais são essas crenças e questionar se elas estão te ajudando ou não, afirma a Dra. Debar. Escrever seus pensamentos em um diário ou conversar com alguém de confiança pode ajudá-lo, ela sugere.

"Sempre que algo acontecer, alguma situação dinâmica, ou qualquer coisa que tenha alguma carga emocional, é sempre uma ótima oportunidade para se perguntar e escrever: Qual é a história que você está contando para si mesmo? O que você acredita sobre si mesmo?" ela diz. "Eu chamo isso de despejo de pensamentos, ou fluxo de consciência. Quando alguma coisa acontecer, simplesmente escreva o que estiver na sua cabeça. Mais tarde, quando você reler tudo isso, se houver distorções cognitivas conhecidas, isso irá te dizer se trata-se de uma crença limitante. É a partir daqui que você começa a conhecer sua narrativa interna."

Por exemplo, ao questionar a crença de que você não pode perder peso, você poderia levar em consideração:

• Onde eu aprendi a ideia de que não posso perder peso?
• Estou totalmente informado sobre o processo real de perda de peso?
• Qual emoção estou tentando sentir ou qual emoção estou tentando evitar?

Muitas vezes, as pessoas descobrem que suas crenças autolimitantes não se originaram delas mesmas, mas, ao invés disso, de professores, cuidadores, membros da família, sociedade, cultura, ou de outras fontes, afirma a Dra. Debar.

Com isso, identifique os pequenos passos que você pode dar para atingir o seu objetivo, ela recomenda. O cérebro não gosta de mudanças. "Portanto, trate de realizar pequenas ações que também sejam habituais e constantes e esteja consciente do seu diálogo interno para quando a resistência aparecer, mas lembre-se do motivo pelo qual você deseja fazer essa mudança e questione as crenças que estão te bloqueando", aconselha a Dra. Debar.

"Começamos dizendo que vamos nos exercitar todos os dias, cortar o álcool, acordar às 5 da manhã, meditar por 45 minutos, ser a pessoa mais legal do mundo, e então, duas semanas depois, percebemos que todas essas emoções e toda essa resistência estão aparecendo", ela explica. "Uma abordagem mais eficiente seria perguntar qual é o objetivo mais importante e, em seguida, executá-lo em pequenos passos. Se você quer se exercitar, por exemplo, comece com alguns minutos por dia, onde você não sinta que isso seja uma mudança significativa em relação ao que estava fazendo antes. Cinco minutos por dia significam que você criou um hábito, o que vai fortalecer a crença de que você cumpre o que promete: Você manteve a sua promessa, você é coerente."

A Dra. Debar recomenda dividir em partes uma série de mudanças saudáveis no estilo de vida, começando pela coisa mais fácil que você pode fazer. Se o seu objetivo é comer refeições mais saudáveis, comece tentando comer uma porção extra de frutas ou vegetais todos os dias, e quando você já tiver feito isso por algumas semanas, poderá começar a se ver como uma pessoa que come e que gosta de frutas e vegetais.

"Trata-se de uma abordagem muito diferente da pessoa que começa tentando fazer tudo e, duas semanas depois, se sente muito desmotivada e, paradoxalmente, acaba se afundando nas coisas que ela não quer fazer e que as fazem se sentir mal consigo mesma," diz a Dra. Debar.

Uma coisa boa sobre o Ano-Novo é que ele dá às pessoas um impulso e um pequeno aumento na força de vontade, diz ela.

"Mas não podemos confiar na força de vontade para mudar o nosso comportamento", acrescenta. "Temos que começar com uma mudança que seja pequena, gradual e constante."

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Sobre a Mayo Clinic Healthcare
A Mayo Clinic Healthcare, localizada em Londres, é uma subsidiária integral da Mayo Clinic, um centro médico acadêmico sem fins lucrativos. A Mayo Clinic dos Estados Unidos ocupa a 1ª posição em mais especialidades do que qualquer outro hospital, de acordo com a U.S. News & World Report. Isso tem um motivo: a qualidade do atendimento. A Mayo Clinic Healthcare é a porta de entrada para essa incomparável experiência no Reino Unido. Visite Mayo Clinic Healthcare para obter mais informações.

Contato de mídia:

• Sharon Theimer, Comunicações da Mayo Clinic, newsbureau@mayo.edu

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