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    Gaita ajuda pacientes de doenças pulmonares e transplantados a respirar melhor

JACKSONVILLE, Flórida — Depois de sobreviver a dois transplantes de pulmão, em 2005 e 2008, o músico Larry Rawdon compartilha uma nova forma de cura por música com outros pacientes da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. Afinal, foi a música que o levou à Clínica Mayo e o ajudou a se recuperar, depois que foi diagnosticado, em 2002, com fibrose pulmonar idiopática.

Antes de chegar à Clínica Mayo, Rawdon tinha poucas esperanças de que sua doença iria melhorar. Mas um encontro casual com o cirurgião cardiotorácico Octavio E. Pajaro, M.D., durante um festival de música, em 2005, mudou seu ponto de vista sobre seu problema e trouxe esperança para Rawdon e sua família.

"Os instrumentos musicais sempre exerceram um impacto significativo em minha vida, que se estende além da própria música", diz Rawdon. "Foi o que realmente iniciou meu relacionamento com a Clínica Mayo e exerceu um papel importante nas mudanças em minha vida".

Amante de tudo que se refere à música, Rawdon se sentiu atraído por diversos instrumentos musicais. Sua carreira como violoncelista profissional o levou à Broadway e a experimentar um grande número de instrumentos. Assim, quando sua mulher Katie soube dos benefícios que tocar a gaita trazia para pacientes da medicina pulmonar, ela percebeu que havia encontrado o presente de Natal perfeito para seu marido.

"No Natal de 2007, ganhei duas gaitas de minha mulher e comecei, imediatamente, a me ensinar a tocar esse novo instrumento, observando outros músicos em vídeos no YouTube, conta Rawdon.

Sua paixão por compartilhar a gaita vem de sua experiência de reabilitação com ou sem esse instrumento.

Depois de seu segundo transplante de pulmão em 2008, Rawdon não perdeu tempo e pegou sua gaita para suplementar os exercícios prescritos de reabilitação pulmonar. Ele observou resultados significativamente positivos.

Rawdon notou que quando tocava a gaita por 10 minutos, durante exames de espirômetro de incentivo, as pontuações de capacidade pulmonar eram substancialmente elevadas, depois de tocar o instrumento.

Rawdon relatou seu êxito pessoal ao médico Cesar Keller, do Departamento de Serviços de Transplantes da Flórida.

"Pessoalmente, penso que essa técnica é um acréscimo e um complemento muito bom a todo o processo de recuperação geral de um transplante de pulmão", diz Cesar Keller. "Ela combina uma terapia respiratória excelente com a diversão e produz um resultado imediato, decorrente da execução do instrumento musical", ele explica.

O impacto profundo de tocar a gaita levou Rawdon a compartilhar seu amor pelo instrumento e por sua capacidade de reabilitação com outros pacientes no Grupo de Transplante do Coração e do Pulmão de Jacksonville. Em fevereiro, Rawdon começou a dar aulas de gaita aos demais pacientes, como um exercício de reabilitação pulmonar suplementar. As aulas são divertidas, envolventes e, além disso, trazem benefícios para os pacientes em processo de recuperação pulmonar.

"Estou convencido de que a gaita, para os pacientes de transplante de pulmão, pode ser considerado uma parte de um equipamento legítimo de exercício respiratório", diz Rawdon. "Além de tudo o mais que a gaita passou a representar para mim, é especialmente gratificante ouvir de outros pacientes de transplante que eles também estão se beneficiando o uso da gaita, pelo que estão percebendo".

Rawdon vem trabalhando diligentemente para ajudar a reunir recursos para desenvolver aulas de música de uma forma regular aos pacientes. Ele fez parceria com Chrys Yates, coordenadora do Centro para Humanidades em Medicina da Flórida, para ajudar a angariar suporte para a equipe da Clínica Mayo.

Ele contatou, por iniciativa própria, a Hohner Inc., uma grande fabricante de gaitas, para ajudar a fornecer o instrumento para os pacientes. Depois que Rawson contou sua história sobre a reabilitação com a ajuda da gaita ao presidente e associado de filantropia, a empresa se ofereceu para doar gaitas ao programa de Humanidades em Medicina, garantindo os instrumentos necessários para as aulas.

"A terapia respiratória é inestimável no processo de recuperação de pacientes de doenças pulmonares", explica Keller. "Depois de um transplante de pulmão, o caminho para uma recuperação completa depende, em grande medida, de o receptor do órgão conseguir recuperar sua capacidade funcional, após o processo debilitador de uma doença crônica e progressiva do pulmão. Isso é sempre complicado devido ao forte impacto fisiológico de uma grande cirurgia, como a de transplante de pulmão", ele diz. "Portanto, os papéis da terapia física, os exercícios para recuperar a resistência física e o vigor, bem como os exercícios de respiração para recuperar músculos diafragmáticos e respiratórios são fundamentais no processo de recuperação".

Para mais informações sobre tratamento da fibrose pulmonar idiopática e outras doenças respiratórias na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 904-953-7000 ou envie um email para intl.mcj@mayo.edu.

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