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    Mayo Clinic: Testes pré-clínicos podem levar a novo método de tratamento de linfoma do sistema nervoso central

JACKSONVILLE, Flórida — Uma droga aprovada recentemente para o tratamento de mieloma múltiplo está sendo testada para comprovar sua capacidade de combater o linfoma do sistema nervoso central (SNC), um câncer fatal do sistema imunológico, que pode afetar o cérebro, a medula e fluido espinhal e os olhos. O estudo clínico, que está em andamento nas três unidades da Clínica Mayo — na Flórida, Minnesota e Arizona — dá prosseguimento ao teste bem-sucedido da droga, a pomalidomida, em camundongos com linfoma do SNC. Os detalhes sobre o teste pré-clínico estão disponíveis no jornal científico PLOS ONE.

Aproximadamente 5.000 pacientes são diagnosticados com essa doença, todos os anos, nos Estados Unidos.

"Acreditamos que a pomalidomida pode beneficiar pacientes com esse tipo de câncer porque ela faz duas coisas que as demais drogas contra o câncer não fazem", diz o oncologista da Clínica Mayo de Jacksonville, na Flórida, Han Tun. "A droga tem uma excelente penetração no cérebro, o que é uma necessidade no tratamento de tumores cerebrais. O outro fator interessante é que essa droga, além de atacar diretamente as células do linfoma, também altera o microambiente do tumor", ele explica.

Han Tun é o principal pesquisador do estudo PLOS ONE e o principal pesquisador do estudo clínico, que está recrutando pacientes.

"Nosso estudo pré-clínico sugere que a pomalidomida é muito promissora. O tratamento com pomalidomida em camundongos contra o linfoma do SNC aumentou significativamente a sobrevivência e o crescimento do tumor", ele diz. "O estudo clínico de fase I foi desenvolvido com base nesses resultados pré-clínicos", diz o oncologista da Mayo.

A pomalidomida pertence à classe de drogas chamadas de agentes imunomoduladores. A talidomida foi a primeira droga dessa classe e foi aprovada em 2006 para o tratamento do mieloma múltiplo, um câncer da medula óssea. A pomalidomida foi aprovada para uso em mieloma múltiplo em fevereiro.

Entre os coautores do estudo estão cinco pesquisadores da Celgene, a fabricante da pomalidomida. Outros coautores são Zhimin Li, Ph.D.; Yushi Qiu, M.D.; Peng Huang, M.D., Ph.D.; David Personett; Brandy Edenfield; e John Copland, Ph.D., todos da Clínica Mayo da Flórida.

O oncologista Han Tun recebeu uma verba da Celgene em apoio à pesquisa.

Para mais informações sobre tratamento de mieloma múltiplo, linfoma do sistema nervoso central e outros tipos de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 904-953-7000 ou envie um email para intl.mcj@mayo.edu.

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