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Pesquisadores da Mayo Clinic Descobrem Nova Molécula para Tratamento de Câncer de Pancreas
JACKSONVILLE, Flórida — Pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, identificaram um novo alvo para o tratamento do adenocarcinoma ductal pancreático, que responde por mais de 95% dos casos de câncer do pâncreas. Este tipo de câncer, geralmente letal, é resistente à quimioterapia. A descoberta foi publicada na edição online, de 3 de janeiro, do periódico PLOS ONE.
Os pesquisadores decodificaram um processo molecular, ativo em tempo integral e que promove o crescimento acelerado de tumores do pâncreas. Os pesquisadores afirmam que esta descoberta revelou novas formas de "desativar" este processo. Uma estratégia de tratamento a ser considerada é o uso do medicamento bortezomibe, já aprovado para tratar diversos tipos de câncer no sangue.
"Ter este processo como alvo para reduzir a proliferação das células cancerosas pode representar uma nova estratégia de tratamento do câncer de pâncreas", diz o pesquisador sênior do estudo, o bioquímico e biólogo molecular da Clínica Mayo Peter Storz.
Uma característica do câncer de pâncreas é a maior atividade do fator de transcriptase NF-kB, que ativa a expressão dos genes que mantêm a proliferação das células e as protege contra a morte. São dois processos, conhecidos como clássico e alternativo, pelos quais o NF-kB pode ser ativado. Os pesquisadores bloquearam o processo alternativo — pelo qual o NF-kB é ativado de uma forma diferente e que, por sua vez, ativa outros genes (enquanto que o processo clássico apenas sinaliza os outros genes). No câncer de pâncreas, ambos os processos, o clássico e o alternativo, estão ativos.
A equipe de pesquisa descobriu que a maior atividade do processo alternativo do NF-kB é resultado da supressão do receptor associado ao TRAF2 (fator de necrose tumoral 2). A perda do TRAF2 promove o crescimento rápido dos tumores do pâncreas e está relacionado à sua maior agressividade, diz Peter Storz.
Os pesquisadores testaram essa descoberta em 55 amostras humanas de câncer do pâncreas e descobriram que, em 69% dos casos, o TRAF2 não estava funcionando apropriadamente e havia níveis mais altos de outras moléculas participando na via alternativa. Um coquetel de drogas, que inclui quimioterapia, bortezomibe e outros inibidores das moléculas ativadas pela via podem ajudar no tratamento de pacientes com câncer do pâncreas, diz o pesquisador.
"É claro que essa hipótese requer amplos testes clínicos, mas nossa descoberta oferece uma nova direção para a pesquisa que busca melhorar o tratamento do câncer de pâncreas", ele diz.
A equipe de pesquisa inclui os biólogos do câncer Heike Döppler e Geou-Yarh Liou, da Clínica Mayo de Jacksonville. O estudo foi financiado por verbas da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer e dos Institutos Nacionais de Saúde (números das verbas: CA135102, CA140182 e P50CA102701).
Para mais informações sobre tratamento de câncer de pâncreas e outros tipos de câncer na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 904-953-7000 ou envie um email para intl.mcj@mayo.edu.